sexta-feira, 27 de junho de 2008

AÇORES - Ilhas encantadas

Mesmo sendo filha de portuguêses não conhecia bem o Arquipélago dos Açores, situado a aproximadamente 1.500km de Portugal continental.

Há tempos atrás, pesquisando as hortênsias, flores que já foram abundantes no Parque de São Lourenço e que sempre me fascinaram, descobri que nos Açores elas são quase consideradas "pragas" pela quantidade que nascem nos campos.

Espreitando pela Internet conheci uma artesã que tinha uma qualidade que me chamou a atenção : seu nome é o mesmo da minha querida irmã Nelia, que mora tão distante de mim, lá em Aracajú.

Seu trabalho, tão diferente do meu, é o crochet, e eu nunca tive "mãos de fada", mas apesar da diferença de opções artesanais, fui nutrindo um carinho especial por ela, e trocando visitas nos nossos blogs.

Para melhorar minha admiração, ela ainda mora nos Açores, aquele lugar encantado que passei a conhecer, maravilhando-me cada vez mais, por seu intermédio.

Essa amiga virtual presenteou-me com um belíssimo livro sobre sua ilha - São Miguel, a ilha verde, pois nos Açores as 9 ilhas são identificadas por cores !

As fotos maravilhosas reproduzo aqui, para que conheçam um pouquinho desse paraíso terrestre.












quarta-feira, 25 de junho de 2008

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO...

Costumo dizer que sou a "fiel depositária" dos bens abandonados da família, e até de amigos, pois no meu gosto por "velharias" acabo ficando com objetos que ninguem mais quer.


Desde criança tenho fama de gostar de antiguidades, valorizando a história e as tradições, e assim vou acumulando pedaços da vida dos entes queridos que já se foram, mas que sempre estarão presentes nos simples objetos que deixaram.



- Na foto um pouco escura está a toalha que minha mãe bordou, acredito que para seu enxoval, e lá se vão 64 anos. Minha irmã ficou com outra parecida, pois tambem gosta de coisas antigas






- As duas caixas forradas de tecido pertenciam a minha sogra, que ainda viva e com saúde, já as entregou para mim, pois só eu poderia gostar de objetos tão simples e usados...

Preciso perguntar a ela como as conseguiu...







- O lindo e surrado tecido de retalhos de tapeçaria pertencia a
minha avó materna Olívia, e desde criança sou apaixonada por ele.
Não sei se foi trazido de Portugal ou feito por ela no Brasil, a partir de 1926 quando por aqui chegou.

Só sei que essas peças tão estimadas vieram de algum lugar do passado...

sábado, 14 de junho de 2008

CADERNOS DE LEMBRANÇAS

Diário de Bordo, Caderno de Viagem, Livro de Dedicatórias, Agenda Diária, são lugares onde se deixam guardadas as lembranças de momentos vividos e experiências passadas.


Sempre gostei de fazer anotações, e, é claro, tenho muitos cadernos colecionados ao longo da minha vida.


Fiz esses Cadernos de São Lourenço para que nele possam ser registrados os agradáveis momentos aqui passados pelos turistas que nos visitam.

Retratos, folhetos e outras recordações tambem podem e devem enriquecê-lo, fazendo com que o tempo passado aqui continue indelevelmente marcado na memória.

As imagens estão somente nas capas e contracapas, ficando todas as 96 páginas à espera das preciosas anotações dos deliciosos dias de férias em São Lourenço.


O Cadernos de São Lourenço podem ser encontrados na loja do Caminho do Artesanato, na Aldeia Vila Verde nº 62








domingo, 8 de junho de 2008

MOSTRA DE ARTESÃOS DO SUL DAS GERAIS


Como faço desde a primeira edição, participei da Mostra, que é para os artesãos, uma oportunidade de mostrar e vender seus produtos num ambiente bonito e festivo.





O local onde é realizada, a Vila da Memória Brasileira, é um encantador cenário com lojinhas que retratam uma pequena vila antiga com suas portas e janelas coloridas.





Como novidade levei o Caderno Lembranças de São Lourenço, além de marca-páginas, bloquinhos, mini-estandartes e galhos com flor de chita, tudo bem colorido, que é como eu gosto.



Com saudades despedimo-nos da 8ª Mostra, já aguardando a 9ª em 2009.





















quarta-feira, 4 de junho de 2008

"DIA DO MEIO-AMBIENTE" 2008

Dia do Meio-Ambiente - 5 de junho...
Durante 364 dias o Homem "pinta e borda", queima e corta, polue e devasta. Mas no dia do Meio-Ambiente faz homenagens e discursos, para no dia seguinte voltar ao ritmo normal de vida com a consciência tranquila.

O clima está mudando, os rios secando, desastres naturais aumentado a cada ano.

Mas a novela das 8 está muito boa, foi lançado um novo refrigerante e a coleção de inverno está sensacional !!!

Um dia minha filha trouxe da escola este texto, e costumo divulgá-lo, principalmente no Dia do Meio-Ambiente, para que sirva de lembrete desagradável, mas necessário. Transcrevo-o como foi escrito, com os termos e temas da década de 1970.

INVERSÃO DO RELATO DA CRIAÇÃO
(Jorg Zink) - 1979

No princípio Deus criou o céu e a terra. Depois de muitos milhões de anos, o homem criou coragem e resolveu assumir o comando do mundo e do futuro.

Então começaram os sete últimos dias da história.
-Na manhã do primeiro dia, o homem resolveu ser livre e belo, bom e feliz. Resolveu não ser mais a imagem de um Deus, mas ser simplesmente homem. E como devia acreditar em alguma coisa, acreditou em liberdade e felicidade. Em bolsa de valores e em progresso, em planejamento e desenvolvimento e especialmente em segurança. Sim, a segurança era a base. Disparou satélites perscrutadores e preparou foguetes carregados de bombas atômicas.
E FOI A TARDE E A MANHÃ DO PRIMEIRO DIA.

No segundo dia dos últimos tempos, morreram os peixes dos rios poluídos pelos dejetos industriais, morreram os peixes do mar pelo vazamento dos grandes petroleiros e pelo depósito do fundo dos oceanos que eram radiativos. Morreram os pássaros do céu impregnados de gases venenosos - inversão térmica. Morreram os animais que atravessavam incautos as grandes auto-estradas, envenenados pelas descargas plúmbeas do trânsito infernal. Mas morreram tambem os cachorrinhos de estimação pelo excesso de tinta que avermelhava as linguiças.
E FOI A TARDE E A MANHÃ DO SEGUNDO DIA.

No terceiro dia secaram o capim dos cerrados, a folhagem das árvores, o musgo nos rochedos e as flores nos jardins, porque o homem resolveu controlar as estações segundo um plano bem exato. Só que teve um pequeno erro no computador da chuva, e até que descobrissem o defeito, secaram-se os mananciais, e os barcos que singravam os rios encalharam nos leitos ressequidos.
E FOI A TARDE E A MANHÃ DO TERCEIRO DIA.

No quarto dia, morreram 4 dos 5 bilhões de homens: uns contaminados por vírus cultivados em provetas eruditas; outros por esquecimento imperdoável de fechar os depósitos bacteriológicos, preparados para a guerra seguinte; outros ainda morreram de fome porque alguém não se lembrava mais onde escondera as chaves dos depósitos de cereais.. E amaldiçoaram a Deus: se Ele era bom, porque permitia tantos males ?
E FOI A TARDE E A MANHÃ DO QUARTO DIA.

No quinto dia os últimos homens resolveram acionar o botão vermelho, porque se sentiam ameaçados. O fogo envolveu o planeta, as montanhas fumegavam, os mares evaporaram. Nas cidades, os esqueletos de concreto armado ficaram negros, lançando fumaça das órbitas abertas. E os Anjos do céu assistiram espantados como o planeta azul tomou a cor do fogo, depois cobriu-se de um marrom sujo, e finalmente ficou cor de cinza. Eles interromperam os seus cantos durante dez minutos.
E FOI A TARDE E A MANHÃ DO QUINTO DIA.

No sexto dia, apagou-se a luz: poeira e cinza encobriram o sol, a lua e as estrelas.
E FOI A TARDE E A MANHÃ DO SEXTO DIA.

No sétimo dia havia sossego, até que enfim !
A terra estava informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito do homem, o fantasma do homem, pairava sobre o caos.

MAS NO FUNDO DO INFERNO COMENTAVA-SE A HISTÓRIA FASCINANTE DO HOMEM QUE ASSUMIRA OS COMANDOS DO MUNDO E GARGALHADAS ESTRONDOSAS ECOARAM ATÉ OS COROS DOS ANJOS.

Meus senhores, nada impede que o homem vá até o fim de suas possibilidades, mas resta ainda uma esperança:
Que o mundo e o futuro do homem não estejam nas suas próprias mãos.